terça-feira, 29 de junho de 2010

Portugal e Espanha fazem maior dérbi ibérico da história na Cidade do Cabo

É a primeira vez que as duas seleções, que se enfrentam desde 1921, disputam uma partida de Copa do Mundo. Jogo vale vaga nas quartas

Portugal e Espanha são rivais seculares. Dividem a península ibérica, aquele cantinho da Europa de onde navegadores dos dois países saíram, nos séculos XV e XVI, em busca de novas terras e riquezas para suas economias. A disputa por novos mundos e pela fronteira entre os dois países transformou o convívio numa rivalidade que é cultural, social, política e, claro, esportiva. No futebol, é como Brasil x Argentina, Real Madrid x Barcelona, Benfica x Porto. É por isso que o jogo desta terça-feira, na Cidade do Cabo, pelas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul, tem todos os ingredientes para ser tenso. Aliás, antes de começar, o jogo já é histórico. A TV Globo e o SporTV transmitem a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM transmite e acompanha em Tempo Real todas as emoções do confronto.
rata-se do primeiro encontro dos dois rivais num Mundial. E numa fase de mata-mata. Por isso, é seguro afirmar que este é o jogo mais importante da história dessa rivalidade. E quem levar a melhor vai passar muito tempo tirando sarro do rival. Não dá para perder. A partida será disputada no estádio Green Point, às 15h30m, horário de Brasília (20h30m no horário local). Aliás, essa é a primeira vez que espanhóis e portugueses jogam fora do continente europeu. As duas seleções chegam a este momento em alta. Ambas apresentam gerações de sucesso. Com a turma de Cristiano Ronaldo, Deco, Simão, Raul Meireles, entre outros, os lusitanos voltaram e despertar o temor dos adversários. Têm feito campanhas consistentes em Copas do Mundo (foi semifinalista em 2006) e Eurocopa (foi finalista em 2004). Ronaldo, eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo em 2008, é considerado o maior jogador português desde Eusébio, o Pantera Negra que brilhou nos anos 60.
Já a Fúria esbanja talento sobretudo no meio de campo: Xabi Alonso, Iniesta, Xavi. Na frente, dois goleadores: David Villa e Fernando Torres. Um time de respeito, que conquistou a Eurocopa em 2008 e desembarcou na África do Sul com banca de favorito ao título da Copa do Mundo.

Carlos Queiroz treinador Portugal  
Apesar deste ser o primeiro encontro entre as duas equipes numa Copa do Mundo, elas já se cruzaram várias vezes em amistosos e jogo oficiais. Foram 32 confrontos no total, e a vantagem espanhola é gritante: 15 vitórias e 12 empates. Os lusitanos venceram apenas cinco vezes. Esta história tem 89 anos. O primeiro clássico foi disputado em 18 de dezembro de 1921 e a Fúria já começou bem: 3 a 1, em Madri.
O técnico Carlos Queiroz, de Portugal, dá de ombros para esses números.
- Estatísticas não servem para nada quando o jogo começa.
A última vez que os dois rivais ibéricos se encontraram foi há seis anos, na primeira fase da Eurocopa 2004, disputada em Portugal. O time da casa, jogando em Lisboa, venceu por 1 a 0.
Times prontos, mas escondidos
Tanto Carlos Queiroz quanto seu colega espanhol, Vicente Del Bosque, não querem dar munição ao rival. Por isso, mantêm as escalações de suas equipes em segredo. Pelo lado da Fúria, a dúvida é com relação ao estado físico do meia Xabi Alonso, que torceu o tornozelo na última sexta-feira, durante confronto contra o Chile, pela fase de grupos. O jogador do Real treinou nesta segunda, mas Del Bosque prefere esperar para confirmar a equipe.
Xabi Alonso Espanha coletiva 
Xabi Alonso ainda é dúvida na seleção da Espanha
para o confronto (Foto: Getty Images)
- Xabi treinou, mas ainda preciso esperar para ver como ele vai amanhecer nesta terça, se a inflamação do tornozelo irá voltar ou não.
Pelo lado lusitano, a questão que só vai ser esclarecida momentos antes da partida se refere ao esquema tático da equipe. Queiroz pode mandar a campo um time com trio ofensivo (Cristiano Ronaldo, Hugo Almeida - ou Liedson - e Simão) ou ainda tirar Simão para reforçar o meio de campo. Deco, que está recuperado de lesão nas costas, seria uma opção. Pelo discurso de Queiroz, Portugal deve ir para cima. Nesse caso, com uma formação mais ousada.
- Temos de pensar em ganhar do primeiro ao último minuto. Só uma coisa é certa num jogo como esse: ir para frente.

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