quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
'Votei com o povo', diz Tiririca sobre voto em salário mínimo de R$ 600
Deputado apoiou emenda da oposição, que foi rejeitada em plenário.
Câmara aprovou nesta quarta-feira projeto do Executivo, de R$ 545.
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Tiririca, durante sessão de votação do salário
mínimo, no Congresso (Foto: Agência Brasil)
mínimo, no Congresso (Foto: Agência Brasil)
O deputado Francisco Everardo Oliveira (PR-SP), o Tiririca, votou nesta quarta-feira (16) a favor do salário mínimo de R$ 600. Ele negou ter votado errado. Sua posição foi contrária à orientação do partido, que faz parte da base do governo e apoiou o valor de R$ 545.
Após a sessão, um grupo de parlamentares e assessores cercou Tiririca. Um deles disse: "votar errado é normal. Eu já votei errado umas dez vezes." A preocupação do grupo, manifestada nas conversas, era evitar que Tiririca falasse com jornalistas no momento.
Ao ser questionado sobre a versão de seu partido, de que teria se enganado na hora de votar, o deputado voltou a negar. "Como eu fui o parlamentar mais votado, é natural essa preocupação do partido", afirmou.A equipe de reportagem do G1, que presenciava os diálogos, aproximou-se do deputado e perguntou se ele havia ficado nervoso no instante da votação. Tiririca respondeu: "Cá para nós, eu votei com o povo. Eu vim de onde? Quem me colocou aqui? Eu não estou aqui por acaso", disse o deputado.
Depois disso, a equipe de reportagem voltou a procurar o deputado, que não quis mais falar sobre o assunto. O G1 também procurou sua assessoria, que informou não ter ouvido a declaração de Tiririca, mas não desmentiu as afirmações de que teria “votado com o povo”. A assessoria afirmou que, durante a quarta-feira, Tiririca havia dado declarações defendendo a orientação do partido e afirmando apoio à proposta governista.
Além da proposta do PSDB, de R$ 600, os deputados rejeitaram a emenda do DEM, que sugeria um salário mínimo de R$ 560. O valor tinha o apoio das centrais sindicais e de parte dos deputados do PDT, legenda que também integra a base de apoio do governo no Congresso.
O PR orientou a bancada a rejeitar as duas emendas. Além de Tiriica, outros dois deputados do PR, Francisco Floriano (RJ) e Zoinho (RJ), votaram a favor do mínimo de R$ 600.
Governo deve ter maioria para aprovar mínimo de R$ 545 no Senado
Líder do governo, Romero Jucá, quer votar projeto na próxima quarta-feira.
Presidente do Senado, José Sarney, disse que R$ 545 deve ser aprovado.
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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que vai se esforçar para que seja votada na próxima quarta-feira (23) a proposta do governo que reajusta o salário mínimo para R$ 545. O novo valor do mínimo foi aprovado pela Câmara na noite desta quarta (16). Jucá quer agilizar a votação antes que a pauta do Senado seja ocupada por medidas provisórias capazes de bloquear as votações do plenário.
Ele afirmou que vai pedir urgência na tramitação para que o projeto de reajuste do salário mínimo possa ser apreciado diretamente no plenário do Senado. Sem o pedido de urgência, o projeto teria que ser analisado e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser levado ao plenário do Senado.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que defendeu nos últimos dias o valor de R$ 545 estipulado pelo governo, disse que não haverá dificuldades para aprovar a proposta no Senado. Segundo ele, PT e PMDB, as duas maiores bancadas na Casa, já fecharam questão em torno do mínimo de R$ 545.
Este cenário, seriam 22 senadores contrários ao projeto do governo. O governo poderia obter, então, 59 votos favoráveis. Além de PT e PMDB, o governo contaria também com os votos de PP, PR, PSB, PCdoB, PRB, PMN, PSC e PTB.Somente PT e PMDB somam 35 senadores, quase metade das cadeiras da Casa. Os partidos de oposição no Senado - PSDB, DEM, PSOL e PPS - somam 18 parlamentares. O PDT, que é da base aliada, mas tem defendido um valor maior para o salário mínimo, tem quatro senadores.
Sarney disse, entretanto, que não há consenso na base aliada em torno da proposta de R$ 545. "Teremos algumas divergências naturalmente, mas nada que comprometa a votação", afirmou. Um dos parlamentares da base aliada que não concorda com a proposta do governo é o senador Paulo Paim (PT-RS). Ele sinalizou que poderá apresentar emenda pedindo um valor maior para o mínimo.
Disputa
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse que vai procurar o senador para articular uma proposta superior aos R$ 545 defendidos pelo governo. Paulinho e outros líderes sindicais pressionaram os deputados a votar um salário mínimo maior, mas foram derrotados. "Perdemos na Câmara, mas a batalha continua. Vamos procurar o senador Paim e articular uma proposta".
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse que vai procurar o senador para articular uma proposta superior aos R$ 545 defendidos pelo governo. Paulinho e outros líderes sindicais pressionaram os deputados a votar um salário mínimo maior, mas foram derrotados. "Perdemos na Câmara, mas a batalha continua. Vamos procurar o senador Paim e articular uma proposta".
Caso os senadores aprovem alguma alteração no projeto, o texto pode voltar à Câmara. Se o projeto for aprovado integralmente pelos senadores, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
A lei aprovada pela Câmara estabelece que até 2015 os reajustes do salário mínimo serão automáticos, calculados a partir da inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB dos dois últimos anos. Não serão necessárias novas votações no Congresso durante o mandato de Dilma Rousseff para reajustar o mínimo.
A oposição estuda entrar na Justiça para contestar a lei de reajuste do salário mínimo. O PPS informou nesta quinta-feira (17) que caso o projeto que estabelece o reajuste seja aprovado pelo Senado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, vai protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF). O PPS quer que o reajuste do salário mínimo seja debatido anualmente no Congresso.
Ator Len Lesser, da série "Seinfeld", morre aos 88 anos
O ator Len Lesser, que atuou em "Seinfeld" no papel do excêntrico Tio Leo, morreu na quarta-feira, aos 88 anos, em decorrência de câncer.
Um amigo dele disse à Reuters que Lesser havia ingressado várias semanas atrás em um centro de reabilitação perto de sua casa, na cidade de Burbank, e morreu tranquilamente depois do café da manhã.
Veterano da TV e do cinema, ele havia aparecido em apenas 15 episódios de "Seinfeld", mas seu personagem, um tipo chato, foi marcante na série que fez sucesso nos anos 1990.
Craig Schwartz/AP | ||
Len Lesser, 88, ficou conhecido pela participação na série "Seinfeld" no papel de Tio Leo |
Nascido em Nova York, o ator começou a carreira na TV nos anos 1950.
Atuou no cinema ao lado de Steve McQueen, em "Papillon", e Clint Eastwood, em "Os Guerreiros Pilantras" e "Josey Wales - o Fora da Lei".
Nos últimos anos, Lesser participou da série "Everybody Loves Raymond". Seu último trabalho foi num episódio do seriado televisivo "Castle".
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