quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Luxemburgo vai à Gávea e é informado de demissão

Técnico se encontra com a presidente Patricia Amorim e deixa o clube sem dar entrevistas. Isaías Tinoco, outro demitido, também vai à sede do clube


 técnico Vanderlei Luxemburgo foi à Gávea no fim da tarde desta quinta para ser comunicado oficialmente de sua demissão. O treinador, ainda com roupa de treino (ele tinha ido ao Ninho do Urubu para comandar a atividade desta quinta), chegou à sede do clube de carro para conversar com a presidente Patricia Amorim. Pouco mais de uma hora mais tarde, Luxa deixou o local sem dar declarações. A presidente vai fazer o anúncio oficial em entrevista coletiva ainda nesta quinta. O treinador agendou uma entrevista coletiva para as 11h desta sexta.
vanderlei luxemburgo chega pra ser demitido flamengo (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)Vanderlei Luxemburgo na chegada à Gávea (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)
Outro que esteve na Gávea foi o gerente de futebol Isaías Tinoco, que também está demitido. Outros integrantes da comissão técnica que deixam o clube são o preparador físico Antônio Mello e o auxiliar Júnior Lopes.
Vanderlei chegou nesta quinta-feira ao Ninho do Urubu às 15h55m, 35 minutos antes do horário marcado para o treinamento. Às 16h20m, o técnico recebeu um telefonema e deixou o CT rumo à Gávea, sem se despedir dos jogadores.
Ao chegar à sede do clube, quando um fotógrafo se aproximou de seu carro para fazer uma imagem, o treinador, sem se alterar, falou:
- Assim você vai quebrar meu carro - disse Luxa, de forma tranquila.
O treino no Ninho do Urubu foi comandado pelo auxiliar Jaime de Almeida. O time reserva se prepara para enfrentar o Olaria, nesta sexta, no Engenhão, pela Taça Guanabara. O Flamengo já tem tudo acertado com Joel Santana para a vaga de Luxemburgo.

Artista que pintou sede do Facebook deve ganhar US$ 200 milhões com IPO

Em 2005, David Choe decorou paredes da primeira sede da rede social.
Facebook apresentou documentos para fazer uma oferta inicial de ações.


David Choe recebeu ações do Facebook para pintar a primeira sede da rede social na Califórnia (Foto: Reprodução/The New York Times) 
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David Choe recebeu ações do Facebook para
pintar a primeira sede da rede social na Califórnia
(Foto: Reprodução/The New York Times)
O grafiteiro que optou pelas ações doFacebook em vez de dinheiro para pintar a primeira sede da empresa deve receber US$ 200 milhões com a estreia da rede social no mercado de ações.
O Facebook apresentou, na quarta-feira (1º), os documentos aos órgãos regulatórios para fazer uma oferta inicial de ações (o chamado IPO), e espera arrecadar US$ 5 bilhões.

Segundo o jornal “The New York Times”, David Choe poderá ganhar a mesma quantia que o artista Damien Hirst, que teve sua pintura leiloada por US$ 200 milhões, em 2008, pela Sotheby, um recorde para a casa de leilões.

Em 2005, Choe foi convidado por Sean Parker, então presidente do Facebok, para pintar as paredes da primeira sede da rede social em Palo Alto, na Califórnia. Na época, Choe achava a ideia do Facebook “ridícula e sem sentido”, mas aceitou a oferta de ações.
A expectativa do mercado é que o IPO seja o maior para uma empresa de internet, superando o de quase US$ 2 bilhões do Google, feita em agosto de 2004. O salário do CEO, que atualmente tem uma base de US$ 500 mil, deve cair para US$ 1 a partir de janeiro de 2013. Ele seguirá ganhando os rendimentos de sua participação acionária na companhia.

Polícia usa gás para dispersar ato no Cairo após morte de 74 em estádio

Centenas de manifestantes fugiram após protesto na capital do Egito.
Incidente após jogo de futebol aumenta pressão sobre junta militar.


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As forças de segurança do Egito usaram gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes perto do prédio do Ministério do Interior, no centro do Cairo, nesta quinta-feira (2).
Centenas de pessoas deixaram o local às pressas, segundo testemunhas.
Ele protestavam contra o governo provisório militar, um dia depois da morte de 74 pessoas em uma briga após um jogo de futebol da primeira divisão do Campeonato Egípcio.
Manifestante egípcio usa máscara contra gás lançado pela polícia no protesto desta quinta-feira (2) no Cairo (Foto: AFP)Manifestante egípcio usa máscara contra gás lançado pela polícia no protesto desta quinta-feira (2) no Cairo (Foto: AFP)
Manifestantes protestam contra a junta militar nesta sexta-feira (2) no Cairo, capital do Egito, após as 74 mortes em briga de torcida na véspera (Foto: Reuters)Manifestantes protestam contra a junta militar nesta quinta-feira (2) no Cairo, capital do Egito, após as 74 mortes em briga de torcida na véspera (Foto: Reuters)
Mais cedo, o premiê interino do Egito, Kamal al Ganzuri, reconheceu  que tem "responsabilidade política" pelos distúrbios da véspera na cidade mediterrânea de Port Said.
A declaração foi feita em discurso no renovado Parlamento egípcio, que fez uma reunião de emergência para avaliar o incidente, que também deixou mais de mil feridos.
Ele disse que todos seriam interrogados sobre os acontecimentos da véspera. O campeonato foi suspenso por tempo indeterminado.O premiê também anunciou a destituição dos dirigentes da Federação de Futebol do Egito e a demissão do governador de Port Said.
Egípcios protestam nesta terça-feira (2) em frente à morgue para onde foram levados os corpos das vítimas no Cairo (Foto: AP)Egípcios protestam nesta quinta-feira (2) em frente à morgue para onde foram levados os corpos das vítimas no Cairo (Foto: AP)
Manifestantes indignados realizaram protestos, e torcedores e políticos acusaram a junta militar do país de negligência.
Jovens bloquearam as ruas próximas à sede da TV estatal e a emblemática praça Tahrir, noCairo, e uma multidão se reuniu na principal estação ferroviária da cidade para receber torcedores feridos que chegavam do local da tragédia.
"Abaixo o regime militar", gritava a multidão ao ver os corpos cobertos sendo retirados dos trens.
Essa foi a pior tragédia na história do futebol egípcio, e o mais grave incidente de violência no país desde a queda de Mubarak, há um ano, dentro do contexto da chamada Primavera Árabe.
Manifestantes protestam contra a junta militar nesta sexta-feira (2) no Cairo, capital do Egito (Foto: AP)Manifestantes protestam contra a junta militar nesta quinta-feira (2) no Cairo, capital do Egito (Foto: AP)
Batalha campal
Pelo menos mil pessoas ficaram feridas na invasão do campo e nas brigas nas arquibancadas ocorridas na quarta-feira à noite, ao final da partida entre o time local Al Masry e o Al Ahli, da capital.
Testemunhas disseram que muitos torcedores morreram prensados em portões trancados do estádio.
Políticos criticaram a escassa presença policial num jogo que já era considerado de alto risco, e alguns acusaram a junta militar de ter tolerado ou até mesmo provocado a briga.
A Irmandade Muçulmana, que domina o recém-eleito Parlamento, disse que uma mão "invisível" está por trás da tragédia.
Segundo o Ministério do Interior, o tumulto foi provocado por um grupo de torcedores que desejava deliberadamente causar "anarquia, distúrbios e corre-corre".
Centenas de moradores locais se reuniram nos arredores do estádio nesta quinta gritando "Port Said é inocente, isto é uma conspiração".
Críticos frequentemente acusam o Exército egípcio de semear a discórdia para solapar a transição para um regime civil, que os militares prometeram para meados deste ano, com a realização de eleições.
"O conselho militar quer provar que o país está se dirigindo para o caos e a destruição. Eles são homens de Mubarak. Estão aplicando a estratégia dele quando ele disse: 'Escolham entre mim e o caos'", diz o técnico de laboratório Mahmoud el Naggar, 30, membro da Coalizão da Juventude Revolucionária em Port Said.
O marechal Mohamed Tantawi, chefe da junta militar, concedeu uma rara entrevista telefônica ao canal de TV pertencente ao Al Ahli, prometendo identificar os culpados pela tragédia.
O Exército anunciou três dias de luto oficial.
"Lamento profundamente o que aconteceu na partida de futebol em Port Said. Ofereço minhas condolências às famílias das vítimas", afirmou Tantawi em declarações transmitidas pela TV estatal.
Mas isso não aplacou a ira dos torcedores. "O povo quer a execução do marechal", gritava a multidão na estação ferroviária do Cairo. "Vamos assegurar os direitos deles, ou morreremos como eles."

Wando passa por traqueostomia em hospital da Grande BH, diz boletim

Ele permanece sob efeitos de sedativos e respira com ajuda de aparelhos.
Artista foi internado nesta sexta-feira (27) com quadro de angina no peito.


Cantor Wando em apresentação. (Foto: AE)
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Cantor Wando em apresentação. (Foto: AE)
O cantor Wando passou por um procedimento de traqueostomia nesta quinta-feira (2), de acordo com informações divulgadas nesta tarde no último boletim médico assinado pelo coordenador do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Biocor Instituto, Hebert Miotto, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O artista está internado em estado grave com problemas cardíacos desde o fim da última semana.
O motivo do procedimento não foi explicado no boletim. O G1 tentou contato com Miotto por volta das 15h45, mas ele não atendeu o telefone. Ainda segundo o hospital, o cantor permanece sob efeitos de sedativos e respira com a ajuda de aparelhos. Wando deu entrada no Biocor com quadro de angina de peito e foi submetido a um cateterismo cardíaco na sexta-feira (27).
Exames constataram que ele estava com artérias do coração entupidas por placas de gordura. Era necessário, com urgência, fazer uma cirurgia de ponte de safena para substituir as partes das artérias com problemas. Mas o quadro clínico piorou, impedindo o procedimento.
Os médicos optaram então pela angioplastia que é a implantação de malhas de aço nas artérias para permitir a passagem do sangue. Ele foi internado no CTI logo após a angioplastia, sedado e respirando com a ajuda de aparelhos.

Família agradece afeto
A mulher de Wando, Renata Costa Lana e Souza, e a filha Gabrielle Burcci divulgaram nota de agradecimento aos médicos, amigos e fãs na tarde desta terça-feira (31) e pediram que todos continuem rezando."Continuamos contando com o afeto e a oração de todos", diz o texto. A carta foi entregue a jornalistas pela assessoria do Biocor.
"Gostaríamos de agradecer a todas as manifestações de preocupação e carinho de amigos e fãs para com o nosso querido Wando. Estivemos passando por momentos muitos difíceis e cruciais, mas sabemos que estamos agora em um melhor caminho. Apesar da gravidade do caso, sua melhora tem sido evidente e gradual", diz a família na nota, assinada pela filha Gabrielle Burcci e pela mulher do cantor, Renata Costa Lana e Souza.
“Ele gosta muito de viver”, disse Renata. Segundo a mulher, o cantor não bebe e não fuma, mas não tem uma alimentação regrada. Ainda de acordo com a mulher, Wando faz, todo ano, um check up da saúde, e os exames nunca indicaram nenhum problema cardíaco. A família toda está esperançosa na recuperação do cantor.
Wando, de 66 anos, tem oito netos e uma filha de cinco anos, com Renata, e outras duas filhas e um filho de casamentos anteriores. Gabrielle falou da união da família. “A família é muito unida. Estamos tentando passar tranquilidade”.
Músicas românticas
Nascido Vanderley Alves do Reis, em Cajuri, na Zona da Mata de Minas Gerais, Wando passou a infância em Juiz de Fora. Depois, foi para a cidade de Volta Redonda (RJ), onde vendeu leite, entregou jornal, foi feirante, motorista de caminhão e já se envolvia com a música, segundo o site oficial do cantor. Ele começou a fazer shows em bailes, com um grupo, e descobriu que as músicas românticas eram mais apreciadas pelas mulheres.
Em 1973, Wando gravou seu primeiro álbum, "Glória a Deus no céu, e samba da terra". O sucesso "Moça" veio em 1975, quando o cantor vendeu 1,2 milhão de discos compactos simples do álbum "Wando". Ao todo, são 28 álbuns na carreira do artista que ficou conhecido por ganhar calcinhas das fãs. O trabalho mais recente foi lançado em 2005, "Wando - Romântico brasileiro, sem-vergonha".

Operação contra desvio de remédios prende 12 em SP e no Rio

Segundo Ministério Público, entre os detidos está servidora de hospital.
Quadrilha teria desviado cerca de R$ 10 milhões dos cofres públicos.


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A operação conjunta entre Polícia Civil, Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em São Paulo, e Corregedoria Geral da Administração realizada nesta quinta-feira (2) prendeu 12 pessoas – 11 em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Os presos são suspeitos de desviar medicamentos de alto custo de hospitais públicos e particulares de São Paulo. Além da capital paulista, o grupo também atuava no litoral paulista, em Praia Grande, e no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, os remédios eram desviados das instituições com a ajuda de funcionários públicos. Os medicamentos eram revendidos para farmácias e distribuidoras. Alguns mandados de busca foram cumpridos nesses estabelecimentos.
Entre os detidos está uma servidora do Hospital Brigadeiro, em São Paulo, de acordo com o Ministério Público. Todos os 12 mandados de prisão expedidos foram cumpridos pela Operação Medula 3, assim como 16 mandados de busca e apreensão. O esquema era investigado havia seis meses.
Ainda de acordo com o Ministério Público, nas farmácias e distribuidoras foram apreendidos vários medicamentos controlados de alto custo, usados no tratamento oncológico. Um dos remédios, por exemplo, custa R$ 8 mil e era vendido a R$ 1,8 mil, segundo a polícia informou ao Globo Notícia.
Diversos veículos também foram apreendidos – o número não foi informado. A quadrilha causou um prejuízo de pelo menos R$ 10 milhões aos cofres públicos em 2011.

Entre os hospitais que eram alvo da quadrilha estão o Hospital Brigadeiro, o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC) e o Hospital Samaritano.
Segundo as investigações, a quadrilha era comandada dentro de um presídio por um preso condenado em 2009 por desvio de remédios, ainda segundo informações dadas pela polícia ao Globo Notícia.
 
No Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, considerou fundamental a ação que prendeu 12 pessoas que desviavam medicamentos.
"Foi uma ação fundamental no combate ao desperdício de recursos da saúde. É fundamental a ação da polícia, o Ministério da Saúde colaborou com as informações necessárias e vamos continuar colaborando com iniciativas dos estados para combater qualquer desperdício de recursos da saúde."
Padilha falou na abertura da campanha de prevenção à Aids no carnaval, numa cerimônia com direito a samba na quadra da escola Acadêmicos da Rocinha, na Zona Sul do Rio.