quarta-feira, 1 de março de 2017

Inquérito vai apurar mortes em acidente com alegoria no carnaval

Dois homens morreram após carro alegórico tocar em fio de alta tensão.
Caso ocorreu durante carnaval em Parintins, no interior do estado.

 G1 AMA Polícia Civil do Amazonas informou, na manhã desta quarta-feira (1º), que um inquérito foi aberto para investigar as mortes de dois homens durante o carnaval em Parintins, a 369 km de Manaus. As vítimas estavam em um carro alegórico que tocou em um fio de alta tensão quando era transportado para o Carnailha, na noite de terça-feira (28).

O caso é investigado pelo delegado Bruno de Paula, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Parintins. Segundo ele,  o carro alegórico fazia parte do bloco Cruz de Malta.
Segundo a Polícia Civil, os homens de 18 e 36 anos empurravam o carro pela Rua Tapajós em direção ao Bumbódromo - arena onde ocorreu o Carnailha - quando foram eletrocutados.

"Uma bandeira do carro encostou no fio de alta tensão e ocasionou a descarga elétrica nas vítimas", diz trecho de nota enviada pela Polícia 
Por meio de nota, a Prefeitura da cidade lamentou o ocorrido e disse que vai dar assistência às famílias das vítimas.
Alegoria que era conduzida por vítimas bateu em fio de alta tensão (Foto: Divulgação)Alegoria que era conduzida por vítimas bateu em fio de alta tensão (Foto: Divulgação)
A coordenação do Carnailha informou à Rede Amazônica que os carros alegóricos não obedecem a um tamanho padrão, mas os artistas são orientados a fazerem a montagem na concentração.

Festa
O Carnailha é a principal festa carnavalesca de Parintins. Mais de 30 mil pessoas participaram dos três dias de evento. A festa ocorreu no mesmo lugar que o Festival Folclórico do município, com a tradicional disputa dos bois Caprichoso e Garantido.
A ilha no interior do Amazonas é conhecida pela realização anual do Festival Folclórico, em junho.  Artistas da cidade são reconhecidos e trabalham na confecção de alegorias em festa de carnaval pelo Brasil afora.

PORTELA É A CAMPEÃ DO CARNAVAL 2017 DO RIO APÓS 33 ANOS DE JEJUM

Portela quebrou um jejum de 33 anos e é a grande campeã do carnaval do Rio de 2017. No segundo ano com o carnavalesco Paulo Barros, a escola de Madureira desfilou na avenida as lendas dos rios. Agora com 22 títulos, a Portela é a escola que mais vezes foi campeã. A Mocidade ficou em segundo lugar.
O acompanhou ao vivo a apuração das notas, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (1º), diretamente da Marquês de Sapucaí.
Veja as notas da apuração do carnaval 2017 do Rio
FOTOS: veja como foi o desfile da Portela
Portela é a campeã do carnaval do Rio
Ficaram em último lugar a Unidos da Tijuca e a Paraíso de Tuiuti, mas a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) decidiu não rebaixar nenhuma escola este ano por causa dos acidentes que ocorreram com carros das duas escolas no sambódromo.

FIM DO JEJUM

"Acabou o jejum, não se fala mais nisso. Estamos aqui para cultivar as raízes do samba, formar novos compositores, crianças", disse o presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães, sobre o fim do período sem títulos para a escola.
Depois de 33 anos, Portela é campeã do carnaval do Rio
"Nós merecemos muito, nós trabalhamos muito, nós somos a que merece mais [...] O carnaval precisa da Portela, a cultura brasileira precisa da Portela", afirmou. "A vítória não é só da Portela, é de todas as escolas que precisam defender a bandeira do samba."
Com a vitória, Paulo Barros conquistou o seu 4º título pelo Grupo Especial. Antes, ele tinha sido tricampeão pela Unidos da Tijuca (2010, 2012 e 2014) e campeão da Série A pela Estácio de Sá (2006). No ano passado, em sua estreia em Madureira, a Portela ficou em 3º lugar.
A última vez que a Portela ganhou sozinha o carnaval foi em 1970, com o enredo "Lendas e Mistérios da Amazônia". Em 1980, três escolas dividiram o campeonato: Portela, Beija-flor e Imperatriz. Em 1984, ela dividiu o título com a Mangueira.
Resultado do carnaval 2017 e comparativo com o resultado do ano passado (Foto: Arte/G1)
Trajetória da Portela no carnaval do Rio (Foto: Arte/G1)
Trajetória da Portela no carnaval do Rio (Foto: Arte/G1)

DESFILE

A Portela foi a penúltima escola a pisar na Marquês de Sapucaí e fez um desfile sobre as lendas dos rios: Iara, Boiúna, cobra-grande, boto cor de rosa e deuses deram as caras na avenida.
A escola de Madureira começou falando das nascentes e de como os rios foram dando início a povoados, aldeias e civilizações. O clássico de Paulinho da Viola, "Foi um rio que passou em minha vida", também fez parte do enredo.
Carros e fantasias jogaram água na Sapucaí. A comissão de frente representou uma piracema, com componentes vestidos de peixe e nadando em direção à nascente. Uma das alas era de "crocodilos" que rastejaram na avenida. O quarto carro trocou o azul das águas pelo marrom, para lembrar como ficou o Rio Doce após o desastre ambiental de Mariana (MG).
A águia, símbolo da escola, veio no tradicional abre-alas. Imponente, ela parecia tomar conta de uma fonte e borrifava água.
Componente da Portela canta o samba da escola (Foto: Alexandre Durão / G1)
Desfilaram pela Portela 3,4 mil componentes em 31 alas. O carro abre-alas mostrou a "Fonte da vida", com uma mensagem de preservação das matas em torno das nascentes.
O segundo carro fez uma homenagem ao Rio Nilo, o mais extenso do mundo. Outro famoso rio, o americano Mississipi, foi lembrado em uma ala que botou um pouco de blues no desfile. Mas foi com samba, é claro, que a escola arrancou gritos de "É campeã!" no setor 1 da Sapucaí.

VÍDEOS DO DESFILE

Comissão de frente da Portela representa a 'Piracema'
Bianca Monteiro é a rainha de bateria da Portela
Portela fala dos rios em seu enredo
A 'fonte da vida' vem representada no carro abre-alas da Portela


Alex Marcelino e Danielle Nascimento são o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira