terça-feira, 28 de abril de 2015
Maneira como digitamos pode detectar doenças neurodegenerativas
Maneira como digitamos pode detectar doenças neurodegenerativas
Pesquisadores criaram algoritmo capaz de identificar doenças como parkinson através do teclado do computador
O SEU ESTILO DE DIGITAR PODE REVELAR ATÉ DOENÇAS (FOTO: GETTY IMAGES)
Um ato tão cotidiano como o de teclar para escrever um texto ou conversar com um amigo na internet é capaz de revelar aspectos da sua saúde. Pesquisadores espanhóis e cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) desenvolveram um sistema que analisa padrões de digitação. Através dele, pode-se descobrir se há deterioração das habilidades psicomotoras.
Eles criaram uma série de algoritmos que modelam matematicamente a forma como pressionamos uma tecla. Essa ação pode ter três fases: o impacto do dedo, a compreensão da ponta do dedo e a liberação da tecla.
Tudo é levado em conta: a velocidade com que se tecla, a repetição de erros, a força com que se bate no teclado ou quão rápido uma tecla é liberada. A forma como digitamos é tão pessoal que é possível até descobrir se alguém está querendo se passar por outra pessoa.
Tudo isso acontece em cerca de 100 milissegundos e cada movimento ativa diferentes partes do cérebro, como o córtex motor primário, a área motora suplementar e os gânglios da base. Segundo Álvaro Sánchez, neurologista do MIT, o modelo desenvolvido consegue indicar a deterioração das habilidades motoras comuns em doenças como o mal de parkinson.
O programa neuroQWERTY que registra a pressão na tecla e analisa mudanças no padrão, é resultado do estudo. Ele indica possíveis retrocessos dessas habilidades e ainda está em fase de teste. Qualquer um pode acessar e seguir as instruções. Os dados são enviados e analisados por servidores do projeto.
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O objetivo da ferramenta é detectar doenças previamente para que haja um tratamento eficaz. “Agora estamos nos concentrando no parkinson porque é uma doença de grande impacto, mas o neuroQWERTY poderá servir para qualquer enfermidade ou situação em que haja alteração motora”, explica Sánchez.
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1. Veja mais TV. Essa dica parece brincadeira, mas, hoje em dia, as pessoas assistem cada vez menos TV - inclusive quem trabalha nisso. Assistir TV (as do Brasil, as do mundo, as abertas, as a cabo...) faz você entender o que está se fazendo por aí, descobrir quem está fazendo coisas legais; o que é legal, o que não é... Quanto mais você assistir, mais vai poder aplicar o que aprender no seu trabalho.
2. Se assista. Ver e rever o que você fez no video é um ótimo exercício para melhorar no ar.
3. Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Essa dica também parece óbvia, mas, acredite, tem muita gente que acha que, fazendo um pouquinho, já fez demais. Mas, saiba: os melhores profissionais (de todas as áreas), geralmente, são também os que mais ralam - sem reclamar!
4. Escolha suas referências. Quer ser apresentador de televisão? Quem são os melhores do mundo, na sua opinião? Respondendo a essa pergunta, assista o que ele fazem, exaustivamente, e entenda o por que são mesmo tão bons naquilo.
5. Aprenda a ler as críticas. Muitas delas (geralmente, aquelas dos haters nas redes sociais) são bestas e sem fundamento. Mas, às vezes, uma pessoa que escreve uma crítica com mais cuidado está falando uma coisa que pode, sim, fazer sentido. Saber ler uma observação dessas e pinçar o que de fato importa pode ser importante na sua evolução profissional.
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segunda-feira, 27 de abril de 2015
Governo tentará evitar execução de brasileiro na Indonésia, diz Itamaraty
Governo tentará evitar execução de brasileiro na Indonésia, diz Itamaraty
País asiático notificou Rodrigo Gularte sobre fuzilamento neste sábado (25). Após a comunicação oficial, execução pode ocorrer a partir de 72 horas.
O brasileiro Rodrigo Gularte foi condenado à morte,
em 2005, sob a acusação de tráfico internacional
de drogas. (Foto: Reprodução/RPC)
Embora as autoridades indonésias tenham confirmado neste sábado (25) a execução do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte – condenado à morte no país asiático por tráfico de drogas –, o governo brasileiro manterá os esforços diplomáticos para tentar evitar o fuzilamento, informou ao G1 a assessoria do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo o Itamaraty, Gularte foi notificado da execução neste sábado no presídio da Ilha de Cilacap, na Indonésia, após a mais alta corte indonésia ter rejeitado as últimas apelações de prisioneiros que integram o "corredor da morte".
O paranaense, de 42 anos, foi preso em julho de 2004 depois de tentar ingressar naIndonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.
De acordo com o ministério, o encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro, estava na presença do brasileiro no momento em que ele foi notificado do fuzilamento. Pelas leis indonésias, a partir da comunicação oficial, o condenado pode ser executado, a qualquer momento, transcorrido o prazo de 72 horas. Ou seja, Gularte pode vir a ser fuzilado já na terça-feira (28). A data e o horário da execução não foram divulgados.
Nesta sexta-feira (24), o subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, convocou o encarregado de negócios da Indonésia em Brasília à sede da chancelaria para transmitir ao diplomata asiático mais um pedido do Executivo federal para que a pena de morte seja suspensa.
o Itamaraty ressaltou que, apesar de ter ocorrido a notificação oficial neste sábado, o governo brasileiro dará continuidade aos contatos regulares de "alto nível" com Jacarta para tentar convencer a Indonésia a reverter a execução por razões humanitárias. O Brasil tenta sensibilizar o governo indonésio de que o quadro de saúde de Gularte é grave.
A família do paranaense apresentou vários laudos médicos às autoridades indonésias que comprovariam que ele sofre de esquizofrenia na tentativa de reverter a pena de morte. Uma equipe médica reavaliou o brasileiro na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, entretanto, o resultado deste laudo não foi divulgado.
O Ministério das Relações Exteriores também afirmou que os diplomatas brasileiros em Jacarta continuarão prestando a assistência consular cabível "enquanto for possível", defendendo os interesses do brasileiro. O Itamaraty, contudo, diz respeitar a soberania da Indonésia e reconhece a gravidade do crime cometido por Gularte.
Marco Acher
Rodrigo Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas. O fuzilamento do brasileiro gerou uma crise diplomática entre o país asiático e o Brasil.
Após a execução de Marco Acher pela Indonésia em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff se disse "consternada e indignada" com o ocorrido e convocou o embaixador brasileiro em Jacarta para consultas.
Em fevereiro, Dilma decidiu adiar o recebimento das credenciais do novo embaixador da Indonésia em Brasília para reavaliar a situação bilateral entre os dois países. Em represália, o Ministério das Relações Exteriores indonésio chamou de volta ao país o embaixador no Brasil, Toto Riyanto, e convocou para uma reunião o então embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, que deixou o comando da chancelaria indonésia em março.
Atualmente, a embaixada do Brasil em Jacarta está sendo chefiada, interinamente, por Leonardo Monteiro, encarregado de negócios da chancelaria indonésia.
A Indonésia reforçou suas penalidades por crimes de tráfico de drogas e voltou a realizar execuções em 2013, depois de uma pausa de cinco anos. Desde o começo do ano, o governo executou seis prisioneiros, entre eles o brasileiro Marco Moreira.
Apelações de outros países
Mais da metade dos 10 prisioneiros que estão no corredor da morte na Indonésia é de nacionalidade estrangeira. Além do brasileiro Rodrigo Gularte, há prisioneiros da Austrália, França, Filipinas e Nigéria.
O presidente francês François Hollande alertou a Indonésia na quarta-feira (22) que a execução causará danos nos laços entre os dois países, segundo relatos da imprensa francesa.
O governo da Austrália fez repetidos pedidos de clemência para os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, porém, o presidente da Indonésia se recusou a anular as execuções.
O vice-presidente das Filipinas, Jejomar Binay, se reuniu com o vice indonésio, Jusuf Kalla, em uma conferência na semana passada, em Jacarta, para apelar em nome do prisioneiro filipino que está no grupo.
"Isso é uma apelação baseada em considerações humanitárias", disse Binay a repórteres. Questionado sobre se previa um estremecimento diplomático entre os dois países vizinhos caso a execução fosse adiante, o filipino foi taxativo: "Duvido".
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