sexta-feira, 21 de abril de 2017



O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) usou as redes sociais nesta sexta-feira (21) para rebater a matéria “Mercadores de Leis”, capa da revista Época desta semana. A publicação acusa o líder do PMDB no Senado de “vender” medidas provisórias e defender projeto sobre abuso de autoridade para se livrar da Lava Jato.
No texto, Calheiros nega as acusações da revista.
— A capa da Revista Época desta semana traz ilações e acusações absurdas sobre minha conduta. Ninguém mais do que Globo e Revista Época — sobretudo por meio de seus diretores João Roberto marinho, Evandro Guimarães e, agora, Paulo Tonet —, sabem que nunca mercantilizei leis. Ao contrário. Proibi os "jabutis" e cobrei responsabilidades dos que faziam isso. Jamais me senti devedor de doadores de campanhas eleitorais ou de lobistas, que circulam legítima ou ilegitimamente pelo Congresso Nacional.
Renan Calheiros disse ainda que está tranquilo quanto as investigações da Lava Jato.
— Humildemente repito que não temo ser investigado. Tenho certeza de que jamais serei condenado por qualquer conduta, uma vez que sempre atuei dentro da legalidade.
O ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, afirmou para a Justiça Federal que o tripléx no Guarujá pertence ao ex-presidente Lula.
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Segundo o ex-executivo, que fez acordo de delação premiada, não houve transferência do imóvel para o nome do ex-presidente a pedido do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. As informações foram divulgadas pelo blog de Fausto Macedo, no jornal O Estado de S. Paulo. 
Léo Pinheiro foi ouvido por Sérgio Moro nesta quinta-feira (20). O ex-executivo afirmou que, depois desse pedido, foi informado que encontrariam uma forma para que a transferência dos nomes fosse realizada. O triplex passaria a ficar no nome de alguma pessoa indicada pelo ex-presidente. 
— O apartamento era do presidente Lula. Desde o dia que me passaram para estudar os empreendimentos da Bancoop já foi me dito que era do presidente Lula e sua família e que eu não comercializasse e tratasse aquilo como propriedade do presidente. 
Lula afirma que nunca recebeu propinas e defende que não é dono do empreendimento no Guarujá. 

Novos cálculos da previdência piora o valor da aposentadoria

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BRASÍLIA - Ao negociar com o Congresso concessões para mulheres, trabalhadores rurais, professores, policiais e nas regras da transição na reforma da Previdência, o governo acabou afetando negativamente o valor da aposentadoria dos trabalhadores. Para compensar parte das perdas, o substitutivo da proposta de emenda constitucional (PEC) 287 muda de forma significativa a fórmula de cálculo do benefício. O texto será apresentado hoje pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA) à comissão especial da Câmara encarregada de votar a proposta, encaminhada ao Congresso pelo Executivo no fim do ano passado.

Quem pedir aposentadoria assim que completar 25 anos de contribuição (tempo mínimo exigido) receberá 70% do valor do benefício, contra 76% se fosse mantida a metodologia anterior. Ainda que essa pessoa fique mais tempo e some 33 anos de contribuição, ela sairá perdendo, na comparação com o texto original enviado pelo governo. Os ganhos só começam a aparecer a partir de 34 anos de serviço.O discurso, agora, é que o trabalhador poderá receber um provento integral aos 40 anos de serviço, e não mais 49 anos. Porém, a fórmula costurada entre técnicos da equipe econômica e o relator pode piorar o valor do provento em relação ao texto original. Somente vai ganhar com a nova base de cálculo o trabalhador que ficar na ativa por 34 anos, pelo menos.
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A vantagem da nova regra de cálculo fica mais visível quando o tempo de contribuição somar 40 anos — o que permitirá ao trabalhador se aposentar pelo teto do INSS (hoje de R$ 5.531,31). Na comparação com o texto original, com esse tempo de contribuição, ele teria direito a 91% do valor do benefício e teria de trabalhar até 49 anos para receber o benefício integral.
IMPACTO MAIOR PARA OS POBRES
De acordo com a nova fórmula de cálculo, o trabalhador que contribuir pelo período mínimo exigido (de 25 anos) terá direito a 70% do valor do benefício e, a cada ano em que ele postergar a aposentadoria, receberá uma espécie de gratificação. Nos primeiros cinco anos após o tempo mínimo (ou seja, de 25 anos até 30 anos), terá direito a mais 1,5 ponto percentual por cada ano adicional de contribuição; nos cinco anos seguintes (até 35 anos), mais 2 pontos percentuais por cada ano e, de 35 a 40 anos, mais 2,5 pontos percentuais em cada ano, podendo portanto levar um benefício de 100% do teto do INSS no final.
Na proposta original, a regra de cálculo partia de 51% do valor do benefício. Mas considerava 1 ponto percentual por cada ano de contribuição que começava a ser contado mesmo quando o tempo na ativa fosse apenas do mínimo de 25 anos. Ou seja, de largada, o trabalhador sairia com 76% do valor do benefício (51% mais 25 pontos percentuais, ou um ponto percentual por ano de contribuição).


 

Baleia Azul, o jogo suicida que preocupa o Brasil e o mundo



Primeiro caso de morte foi reportado em 2015, na Rússia
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Ao que tudo indica, o jogo Baleia Azul teve início na Rússia, em 2015, quando uma jovem de 15 anos cumpriu a última tarefa e pulou do alto de um edifício. Dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Os episódios fizeram as autoridades do país começarem uma investigação que ligou os incidentes a um grupo que participava de um desafio com 50 missões.
A preocupação com o jogo aumentou no ano passado, quando diversas fontes divulgaram, sem confirmação, 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades virtuais identificadas como "grupos da morte". Diversos países, como a Inglaterra, França e Romênia têm enviado alertas aos pais depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços e sinais de mutilação.
No Brasil, uma menina de 16 anos morreu no Mato Grosso após se afogar em uma lagoa na região central de Vila Rica, a cerca de 1.200 km de Cuiabá. A principal suspeita da polícia é a de que a jovem, que apresentava cortes nos braços, participava do jogo da Baleia Azul. A polícia brasileira também investiga a participação de alunos de João Pessoa em grupos de automutilação e morte, além das denúncias de que os curadores do game estariam ameaçando os jovens que tentassem desistir dos desafios.
Jogos que apresentam riscos letais viraram moda entre muitos adolescentes. No ano passado, um garoto de 13 anos morreu após se enforcar na casa do pai, no litoral sul da capital paulista. Gustavo Detter participava de um "choking game", em que a pessoa interrompia o fluxo de ar com as mãos ou objetos para induzir o desmaio.
As autoridades recomendam às famílias a monitorarem o uso da internet dos filhos, frequentarem suas redes sociais, observarem comportamentos estranhos e, sobretudo, conversarem e conscientizarem os adolescentes a respeito das consequências de práticas periogosas. Com os jovens que apresentam tendência à depressão, a atenção deve ser redobrada, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul.