domingo, 5 de março de 2017

Sérgio Moro condena Delúbio Soares e Ronan Maria.


Eles foram condenados a cinco anos de reclusão por lavagem de dinheiro. Outras três pessoas foram condenadas na mesma ação, da Lava Jato.
02/03/2017 12h46 - Atualizado em 02/03/2017 14h35
Por Aline Pavaneli, Bibiaba Dionísio e Thais Kaniak
Do G1 PR
O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares chega para prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro, na sede da Justiça Federal em Curitiba. Ele é réu em um dos processos da Operação Lava Jato, derivado da 27ª fase (Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo)Delúbio Soares foi condenado pela Operação Lava Jato nesta quinta-feira (2) (Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares e o empresário dono do jornal Diário do Grande ABC Ronan Maria Pintoforam condenados por lavagem de dinheiro em um processo oriundo da Operação Lava Jato a cinco anos de prisão em regime inicial fechado.
Esta é a primeira condenação deDelúbio Soares Lava Jato. Ele ainda responde a mais uma ação penal referente à operação.
Outras três pessoas também foram condenadas no ação penal. Ela e um desdobramento de outro processo que condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do Banco Schahin por um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhõesconcedido a Bumlai e que teve como real destinatário o PT, conforme a sentença. A dívida foi formalmente quitada após a contratação fraudulenta do Grupo Schahin pela Petrobras, para operar o Navio-sonda Vitória 10.000.

Esta ação apurou a lavagem de dinheiro envolvendo mais de R$ 6 milhões do empréstimo concedido a Bumlai. Segundo os procuradores, os R$ 12 milhões foram transferidos para a empresa Bertin Ltda. Em seguida, cerca de R$ 6.028.000 foram transferidos para a empresa Remar Agenciamento e Assessoria Ltda., que repassou mais de R$ 5,6 milhões para a empresa Expresso Nova Santo André, sem apresentação de documentos que justifiquem os motivos dessas transferências.
A sentença do juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – é desta quinta-feira (2) e referente à27ª fase da operação, deflagrada em abril de 2016.
"Condeno  Delúbio Soares de Castro, Enivaldo Quadrado, Luiz Carlos Casante, Natalino Bertin e Ronan Maria Pinto pelo crime de lavagem de dinheiro, consistente, no repasse e recebimento, com ocultação e dissimulação, de produto de crime de gestão fraudulenta de instituição financeira", diz um trecho da sentença.
O valor mínimo para reparação dos danos causados à Petrobras foi fixado em R$ 61.846.440,07. A quantia deve ser corrigida até o pagamento.
Veja a lista de condenados e as respectivas penas:
-Delúbio Soares de Castro - ex-tesoureiro do PT - 5 anos de reclusão em regime inicial fechado
-Ronan Maria Pinto - empresário dono do jornal Diário do Grande ABC - 5 anos de reclusão em regime inicial fechado
-Luiz Carlos Casante - empresário -4 anos e seis meses de reclusão em regime inicial semiaberto
-Enivaldo Quadrado - empresário condenado na Ação Penal 470, conhecida como mensalão - 5 anos de reclusão em regime inicial fechado
- Natalino Bertin
 - empresário - 4 anos de reclusão em regime aberto, porém, conforme Sérgio Moro, o crime prescreveu em virtude do tempo entre o último delito e o recebimento da denúncia.
Neste processo, foram absolvidos:
-Oswaldo Rodrigues Vieira Filho - empresário dono da Remar
-Marcos Valério Fernandes de Souza-publicitário que cumpre pena na Ação Penal 470, conhecida como mensalão
-Sandro Tordin - ex-presidente do Banco Schahin
-Breno Altmann- jornalista ligado aoPT
De acordo com Sérgio Moro, as absolvições são decorrentes da falta de prova suficiente para a condenação.
Ronan Maria Pinto foi preso preventivamente, que é por tempo indeterminado, na 27ª etapa da operação, mas foi solto três meses depois, mediante pagamento de fiança de R$ 1 milhão.
Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica, além de cumprir medidas cautelares.

O outro lado
O advogado Pedro Paulo de Medeiros, responsável pela defesa de Delúbio Soares, informou, em nota, que ainda não teve acesso à sentença. “Contudo, pode afirmar que em momento algum Delúbio Soares solicitou ou anuiu com empréstimo de valores junto ao Banco Schain”, diz o texto.
A defesa afirmou ainda que continua confiante na Justiça brasileira, em juízes independentes e imparciais, para que a absolvição dos responsáveis pelo Banco Schahin se estenda a Delúbio Soares, durante o julgamento do recurso que será apresentado.
G1 tenta contato com as defesas dos outros condenados.

Investigação
Ronan Pinto foi investigado pelo recebimento de R$ 6 milhões do empréstimo realizado entre o pecuarista José Carlos Bumlai – também preso pela Lava Jato – e o Banco Schahin, que acabou sendo fraudado.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) envolvendo o empresário também atingiu o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e mais sete pessoas. Os procuradores do MPF pediram para que o grupo repare o erário em R$ 6 milhões.
De acordo com o Ministério Público Federal, o empréstimo foi pago por meio da contratação do Grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão.
Ainda conforme as investigações, em depoimento ao Ministério Público Federal, Marcos Valério, operador do mensalão, afirmou que parte do empréstimo obtido por Bumlai era destinado Ronan Maria Pinto, que extorquia dirigentes do PT. À época da denúncia, o MPF afirmou não ter provas, até aquele momento, que explicassem os motivos da extorsão.

Na sentença, Moro diz que ainda é "obscuro" o motivo do repasse dos valores pelo PT a Ronan Maria Pinto. "A única explicação nos autos foi concedida por Marcos Valério Fernandes de Souza e por Alberto Youssef, de que seria para fazer frente a uma extorsão", conforme a decisão.
O dinheiro, segundo o procurador Diogo Castro de Mattos, seria para comprar ações do jornal "Diário do Grande ABC". Mattos diz que o objetivo de comprar ações era, segundo Marcos Valério, porque o jornal estava ligando Ronan Maria Pinto a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

Campanha é criada para valorizar atrativos turísticos do interior de MG

Descubra as muitas Minas Gerais' é promovida por sindicado via internet. Confira as cidades escolhidas e os potenciais regionais selecionados.
05/03/2017 16h05 - Atualizado em 05/03/2017 16h05
Por Karla Pereira
Do G1 Triângulo Mineiro
Cachorira Casca D'Anta na Serra da Canastra tem quase 200 metros de queda (Foto: Atusca/Divulgação)Cachorira Casca D'Anta na Serra da Canastra tem quase 200 metros de queda (Foto: Atusca/Divulgação)

O Sindicato Intermunicipal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais (Sindtur) promove até a próxima quinta-feira (9), a campanha "Descubra as muitas Minas Gerais" nas redes sociais. O objetivo é evidenciar os atrativos culturais, históricos, gastronômicos, religiosos e ecológicos em Uberlândia, Araguari, Uberaba, Araxá, Vazante, Patos de Minas, Serra da Canastra e Paracatu. Segundo informações do Sindtur, a intensão é lançar um olhar para os potenciais regionais atraindo mais gente, além do turismo de negócios na região.
Festa do Congado completa 136 anos de realização em Uberlândia, MG (Foto: Eduardo Ramos/Arquivo pessoal)Festa do Congado completa 136 anos de realização
em Uberlândia (Foto: Eduardo Ramos/Arquivo
pessoal)
Em Uberlândia, o turismo de negócios e eventos está aquecido pela localização estratégica da cidade. “São mais de 44 hotéis que investem em estrutura e atraem eventos, não apenas de empresas locais, mas também de multinacionais. Além da locação de espaço e buffet, estes eventos ocupam parte dos cerca de 4.500 leitos disponíveis em dias de semana, em todas as temporadas, reduzindo a sazonalidade típica do setor”, disse o presidente do Sindtur, Gilmar Pomponi.
Ainda de acordo com o Sindtur, a cada dia a campanha será voltada para uma cidade. “As redes sociais foram escolhidas por ser um meio mais barato e pela quantidade de pessoas atingidas. A publicação será feita pelo Sindtur e parceiros”, explicou Carolina Monteiro, assessora de comunicação.
Confira os atrativos selecionados na campanha:
Uberlândia
- Igreja do Divino Espírito Santo do Cerrado e Museu de Arte Sacra (MAS), projetos de Lina Bo Bardi
- Teatro Municipal, projeto de Oscar Niemayer
- Santuário Nossa Senhora Aparecida
- Museu Municipal, Praça Clarimundo Carneiro e Oficina Cultural
- Festa de Congado, em outubro
- Cachoeira do Sucupira, Cachoeira dos Namorados, Cachoeira Bom Jardim
Amantes de carros antigos e raridades se reúnem em Araxá (Foto: Evento/Divulgação)Tauá, em Araxá, durante exposição de carros antigos
(Foto: Evento/Divulgação)
Araguari
- Palácio dos Ferroviários
- Paróquia Nossa Senhora de Fátima
- Centro histórico e Matriz de Bom Jesus
- Cachoeira do Córrego das Araras, Cachoeira do Córrego Bom Jardim, Cachoeira das Irmãs, Cachoeira do Fundão, entre outras
- Goyaz Atlética e Casa da Cultura
Uberaba
- Complexo Cultural e Científico de Peirópolis
- Casa da Memória de Chico Xavier
- Museu de Arte Religiosa Central Brasil
- Cine-Teatro Vera Cruz
- Mata do Ipê
Araxá
- Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá
- Museu da Santa Igreja de São Sebastião
- Fonte e Teatro Municipal de Araxá
- Árvore dos Enforcados
- Palácio Vereador Nagib Feres
Centro histórico de Paracatu é tombado como patrimônio cultural brasileiro (Foto: Reprodução de vídeo)Centro histórico de Paracatu é tombado como
patrimônio cultural brasileiro
(Foto: Reprodução de vídeo)
Vazante
- Gruta Lapa Nova
- Paróquia Nossa Senhora da Lapa
- Igreja Matriz
- Festa da Lapa, em maio
- Festa de Carros de Boi, em julho
Patos de Minas
- Parque do Mocambo
- Catedral Santo Antônio
- Lagoa Grande
- Igreja Santa Terezinha do Menino Jesus
Paracatu
- Museu Histórico Municipal de Paracatu Pedro Salazar Moscoso da Veiga
- Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
- Centro Histórico Paracatu
- Igreja de Santo Antônio de Pádua
Serra da Canastra
- Cachoeiras: a principal delas, Casca D’Anta, tem 186 metros de altura
- Nascente histórica do Rio São Francisco
- Chapadão da Canastra e Mirante da Canastra
- Fauna silvestre em seu habitat natural, algumas espécies ameaçadas de extinção, como o pato-mergulhão, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira
- Mais de 400 aves catalogadas
- Flora endêmica dos campos rupestres e campos limpos
parque do mocambo patos de minas (Foto: Sindtur/Divulgação)Parque do Mocambo, em Patos de Minas (Foto: Sindtur/Divulgação)