terça-feira, 20 de outubro de 2015

Atriz Yoná Magalhães morre em casa de saúde no Rio

Artista estava internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá.
Atriz estava no CTI do hospital devido a um problema cardíaco.

Yoná Magalhães na novela Cama de Gato (Foto: Renato Rocha Miranda / TV Globo)
Yoná Magalhães na novela Cama de Gato (Foto: Renato Rocha Miranda / TV Globo)
Morreu no Rio, na manhã desta terça-feira (20), a atriz Yoná Magalhães, de 80 anos. Ela estava internada, desde o dia 18 de setembro, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio. A atriz estava no CTI do hospital devido a um problema cardíaco.
Atriz de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Yoná Magalhães entrou para a vida artística para ajudar a família quando o pai ficou desempregado. “Eu tinha que ajudar de alguma maneira, não sabia muito como, queria continuar os meus estudos. Gostava de brincar de teatro, essas coisas que todo mundo faz. Então eu digo: ‘Quem sabe não é por aí, né?’ Fui fazendo pequenas pontas, pequenos papéis, isso em meados da década de 1950, até que consegui um contrato com a Rádio Tupi”.
Yoná Magalhães Gonçalves nasceu no dia 7 de agosto de 1935, no bairro do Lins, no Subúrbio do Rio de Janeiro. Depois de passar pela rádio, ela estrelou sua primeira telenovela, convidada por Antônio Leite. Em seguida, participou de novelas e do Grande Teatro da TV Tupi e excursionou pelo Brasil com as peças "O Amor é Rosa Bombom e Society em Baby-Doll", em 1962, com a companhia de André Villon e Ciro Costa.
Yoná Magalhães foi Esther na novela Cobras e Lagartos, da TV Globo (Foto: Isac Luz / TV Globo)Yoná Magalhães foi Esther na novela Cobras e
Lagartos, da TV Globo (Foto: Isac Luz / TV Globo)
Veja a repercussão nas redes sociais:

Othon Bastos, ator, na Globo News
"A notícia é muito triste. Era uma colega maravilhosa. Ela vai deixar muita saudade principalmente para os amigos que ficaram. Eu tinha um grande afeto, amizade por ela. Fomos colegas por mais de 50 anos. Eue ela tenha bastante luz, que seja recebida com muita paz. Era uma excelente atriz e não tem quem fique no lugar"

Ana Beatriz Barbosa, médica e escritora, no Twitter
"RIP : Yona Magalhães , triste em saber que deixaremos de ver seu talento"
Fátima e William ‏Bonner, apresentadores da TV Globo, no Twitter
"Que DEUS abençoe e dê força pra toda família e amigos da Yoná"

Juca de Oliveira, ator, na GloboNews
"Ela foi uma pioneira. O espectador entrou em contato com a televisão logo com a Yoná. Além de ser uma mulher lindíssima, era um talento excepcional. Foi uma perda enorme. Era uma amiga leal, generosa, muito dedicada, sempre presente e disposta a ajudar mesmo as pessoas mais inexperientes estava disposta a ler o roteiro com elas".
 A vida da atriz
Durante a turnê teatral, conheceu e se casou com o produtor Luis Augusto Mendes e foi morar na Bahia. Em Salvador, participou com o grupo A Barca, formado por ex-alunos da Escola de Teatro, do Grande Teatro, na TV Itapoã, sob a direção de Luiz Carlos Maciel. Também atuou no filme de Glauber Rocha, um marco do Cinema Novo.
Yoná também atuou em uma das novelas de maior sucesso da história da Rede Globo: Roque Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, onde interpretou a Matilde, dona da boate onde trabalham as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira). A seguir, participou da novela O Outro (1987), de Aguinaldo Silva, na qual viveu outra personagem exuberante, a Índia do Brasil.
Yoná Magalhães ao lado de Rosa Maria Murtinho, Ney Latorraca, Flavio Migliaccio, Eva Todor, Aracy Balabanian, Yoná Magalhães e Orlando Drummond em homenagem ao talento brasileiro na campanha de fim de ano da Globo (Foto: Aline Massuca / Globo)Yoná Magalhães ao lado de Rosa Maria Murtinho, Ney Latorraca, Flavio Migliaccio, Eva Todor, Aracy Balabanian, Yoná Magalhães e Orlando Drummond em homenagem ao talento brasileiro na campanha de fim de ano da Globo (Foto: Aline Massuca / Globo)
A atriz trabalhou ainda em outras novelas da mesma autora, como O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebecca (1967), O Homem Proibido (1968), A Gata de Vison (1968/1969), quando contracenou com Tarcísio Meira, A Ponte dos Suspiros (1969) e O Outro (1987).