sexta-feira, 31 de março de 2017

PMs execulta dois homens já rendido no Rio

São presos

Eles foram presos em flagrante durante a madrugada desta sexta-feira (31) enquanto prestavam depoimento na Divisão de Homicídios da capital.

Vídeo mostra policiais atirando em homens caídos na Zona Norte do Rio
Os policiais militares que aparecem em um vídeo executando dois homens em Acari, na Zona Norte do Rio, foram presos em flagrante durante a madrugada desta sexta-feira (31) enquanto prestavam depoimento na Divisão de Homicídios da capital. Os PMs foram autuados por homicídio qualificado. A informação é do porta-voz da Polícia Militar, Ivan Blaz.
Nas imagens, os PMs atiram em dois homens caídos no chão, feridos e desarmados, perto de uma escola em Fazenda Botafogo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os homens estão se mexendo quando os policiais atiram contra eles, com fuzis. A corregedoria da PM disse, na noite de quinta-feira, que estava apurando a gravação.

Morte de menina

Mais cedo, a PM tinha informado sobre um tiroteio no mesmo bairro, que terminou com uma estudante identificada como Maria Eduardamorta e dois homens feridos. Posteriormente, a corporação falou que os feridos morreram.
Depois da divulgação do vídeo, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que o comando da corporação teve conhecimento da gravação que circula nas redes sociais "e mostra a atuação de policiais militares na área da Fazenda Botafogo na tarde desta quinta-feira (30)".
"Em virtude do que é exposto, o Comandante Geral determinou que a Corregedoria Interna da Polícia Militar assuma a apuração da flagrante ilegalidade e assim responsabilize os envolvidos", diz a nota.
A estudante Maria Eduarda, de 13 anos, foi baleada durante uma aula de Educação Física, numa escola pública. Veja abaixo a nota da PM do Rio sobre esta ocorrência:
"A Assessoria de Imprensa informa que, segundo o Comando do 41º BPM (Irajá), o batalhão foi acionado na tarde desta quinta-feira (30/03), para intervir em ação de marginais que estavam praticando crimes na Rua Prefeito Sá Lessa, Fazenda Botafogo, próxima ao Rio Acari. Houve confronto. Após, os policiais receberam a informação que uma adolescente foi atingida por um disparo de arma de fogo dentro da Escola Municipal Daniel Piza, e não resistiu. A área foi isolada para realização da perícia. Ainda no confronto, dois homens foram feridos e com eles foram apreendidos um fuzil e uma pistola". Mais tarde, a PM informou que os feridos tinha morrido.

Governo autoriza reajuste de até 4,76% no preço dos remédios

Os índices do reajuste anual de preços de medicamentos para 2017 variam de 1,36% a 4,76%.


Remédios podem aumentar de preço até 4,76% a partir desta sexta-feira (31)
Os preços dos remédios poderão subir até 4,76% a partir desta sexta-feira (31). Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão do governo formado por representantes de vários ministérios, fixou em 4,76% o reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços dos medicamentos. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União".
A regulação é válida para um universo de mais de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.
Em 2016, o reajuste máximo autorizado foi de 12,5%. Em 2015,foi de 7,7%. Em 2014, o reajuste foi de 5,68%.
De acordo com a portaria, o reajuste leva em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 de março de 2017, acumulando uma taxa de 4,76%, no período compreendido entre março de 2016 e fevereiro de 2017.
Foram autorizados 3 níveis diferentes de alta, conforme o perfil de concorrência dos produtos, seguindo a lógica de que, nas categorias com um maior número de genéricos, a concorrência é maior e, portanto, o aumento também pode ser maior.
Nível 1: Classes terapêuticas sem evidências de concentração - 4,76%
Nível 2: Classes terapêuticas moderadamente concentradas - 3,06%
Nível 3: Classes terapêuticas fortemente concentradas - 1,36%

Sindicato contesta

Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) informa que o reajuste médio ponderado é de 2,63% e que esses índices autorizados "não repõem a inflação passada (IPCA), no acumulado de 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017) e muito menos os aumentos incorporados à estrutura de custos do setor".
"Entre 2008 a 2016, para um reajuste de preços dos medicamentos acumulado de 58,83%, a inflação geral acumulada atingiu 77,20% (INPC-IBGE) e os aumentos de salário concedidos pelo setor somaram 93,41%. Se todas as apresentações de medicamentos forem reajustadas pelos índices máximos autorizados, o aumento médio de preços dos medicamentos deverá ficar abaixo da inflação geral", informou.
Ainda de acordo com o sindicato, o reajuste atualiza a tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) e não gera aumentos automáticos nem imediatos nas farmácias e drogarias, principalmente em relação aos medicamentos que apresentam grande concorrência.
Em regra, há um período de ajuste, que dura de dois a três meses. As primeiras variações de preço acontecem frequentemente em junho ou julho, quando começam as reposições de estoque, já que o varejo costuma antecipar compras antes da entrada em vigor do reajuste, segundo o Sindusfarma.

Dicas para o consumidor

Veja as dicas da Proteste Associação de Consumidores para os consumidores:
- Pesquise em diferentes redes, e não deixe de pechinchar. Há diferenças mesmo dentro da mesma rede, de uma loja para outra.
- Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. O genérico, em regra, é mais barato. E lembre que também há diferenças nos preços cobrados por diferentes laboratórios.
- Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo e não pelo nome de marca. Assim, será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato.
- Consulte o médico sobre a possibilidade de utilizar medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular, que oferece remédios gratuitos e com preços até 90% mais baratos. Há uma série de farmácias e drogarias que participam do programa.
- Para quem tem doença crônica, também outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. A adesão é feita pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificado nos rótulos dos produtos. Dependendo do medicamento, os descontos chegam até 70%.