Torcida tricolor não perdoa a fraca apresentação da equipe, que foi dominada no primeiro tempo, e xinga o técnico Ricardo Gomes
De quebra, a equipe de Ricardo Gomes viu o seu rival na competição sul-americana ganhar o terceiro jogo consecutivo no Nacional. O Inter, em ascensão, fez 2 a 1 no Atlético-MG, em Sete Lagoas. O time de Celso Roth somou nove pontos após a volta do Brasileirão. O Tricolor Paulista, apenas um.
Na classificação, o São Paulo foi a 12 pontos e, momentaneamente, ocupa a 12ª posição, três colocações atrás do Grêmio Prudente, que tem um tento a mais. No domingo, o time do Morumbi, provavelmente com uma formação de suplentes, desafia o Santos, na Vila Belmiro, às 16h (de Brasília), enquanto a equipe do interior paulista receberá a visita do Vitória em Presidente Prudente, no sábado (18h30m).
Começo arrasador do São Paulo
O São Paulo entrou em campo com novidades na escalação. Sem Dagoberto e Fernandão, machucados, o técnico Ricardo Gomes também barrou Richarlyson e Marlos e promoveu as entradas de Xandão e Cléber Santana. No Grêmio Prudente, Toninho Cecílio escalou o time no 4-4-2, com três volantes, apostando na marcação forte e na saída rápida para os contra-ataques.
Só que quem esperava que a vantagem no marcador fosse facilitar as coisas para o time de Ricardo Gomes, se enganou. O Tricolor diminuiu a velocidade e passou a esperar o adversário para tentar surpreender no contra-ataque. E, mesmo jogando no Morumbi, os visitantes começaram a ameaçar. Aos 12, Vanderlei, em chute de fora da área, mandou à direita do gol de Rogério Ceni, com muito perigo.
Após o empate, Prudente domina o jogo
Com 1 a 1 no placar, o São Paulo entrou em parafuso. E o Prudente, cada vez mais à vontade, aproveitava os claros buracos da marcação rival. O time da casa falhava em bolas rasteiras e aéreas. Jean deixava uma avenida pelo lado direito. Nem mesmo a presença de Xandão melhorou o setor. Na esquerda, Miranda, irreconhecível, não ganhava uma bola de Vanderlei. No ataque, como faltava rapidez no meio-campo, a única estratégia era cruzar bolas na área para Washington.
E o Prudente seguiu perdendo chances. Aos 31, quando a torcida são-paulina já vaiava, Deyvid Sacconi invadiu a área e foi travado por Jean na hora do chute. Aos 42, Paulo César cobrou escanteio e Diego, sozinho na área, cabeceou à direita de Ceni.
O São Paulo só foi assustar novamente aos 45, em lance de Fernandinho, que invadiu a área e chutou firme. Giovanni espalmou para escanteio. No minuto seguinte, Washington recebeu na área, girou e chutou. A bola acertou o braço de Anderson Luis. Pênalti não marcado por Rodrigo Martins Cintra. Na sequência do lance, enquanto os são-paulinos reclamavam, o Prudente disparou no contra-ataque pela esquerda e só não marcou porque Deyvid Sacconi, cara a cara com Rogério Ceni, chutou por cima do gol ao tentar encobrir o arqueiro. Na saída para o intervalo, muitas vaias para a equipe e gritos de burro para Ricardo Gomes.
Etapa complementar
Preocupado com o avanço do adversário, Toninho Cecílio resolveu mudar a marcação, tirando Carlos Eduardo, que já havia recebido cartão amarelo, para colocar Anderson Trindade. Depois, sacou Deyvid Sacconi e mandou Henrique Dias a campo. Na sequência, Ricardo Gomes trocou o volante Rodrigo Souto pelo meia Marlos. Cinco minutos depois, fez a segunda mudança, com Marcelinho Paraíba na vaga de Fernandinho.
A partir dos 25 minutos, o jogo caiu muito de nível. Embora seguisse tomando a iniciativa, o São Paulo criava muito pouco. E o Prudente, que foi melhor na primeira etapa, recuou, como se estivesse satisfeito com o empate. Quando o jogo chegou aos 30, a torcida são-paulina perdeu a paciência e começou a protestar. Surgiram os gritos de "raça, raça" e "vamos jogar bola".
Mas, dentro de campo, nada mudou. O São Paulo, apesar da vontade, não acertou mais nada, enquanto que o Prudente não assustou o gol de Rogério Ceni. Assim que Rodrigo Martins Cintra apitou o final da partida, a torcida tricolor não perdoou mais uma vez e protestou.
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