quarta-feira, 21 de julho de 2010

Goldman descarta Piritubão e diz que Morumbi ainda é opção para a Copa

Governador de SP se reunirá com o presidente da CBF nesta quarta-feira.
Parque Antártica ainda não foi analisado pela Fifa.

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Em entrevista à Rádio CBN, Goldman descartou a
construção de um novo estádio e disse que vai in-
sistir na reforma do Morumbi com a CBF. (Foto:
Juliana Cardilli/G1)
O governador de São Paulo, Alberto Goldman, voltou a descartar nesta quarta-feira (21) a possibilidade da construção de um novo estádio para que a capital paulista sedie a abertura da Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, o Morumbi é a única opção.
“O Piritubão está absolutamente fora de cogitação. O Pacaembu é difícil, é um patrimônio tombado, necessita de investimentos grandes e a Prefeitura [de São Paulo] não tem recursos para isso. Eu vejo apenas como possibilidade, em primeiro lugar, o Morumbi. Poderia-se analisar o Parque Antártica, que nunca chegou a ser analisado para a abertura”, disse Goldman em entrevista à Rádio CBN.
Goldman se reunirá às 11h desta quarta-feira com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Palácio dos Bandeirantes. Ele acredita que o encontro não definirá qual estádio paulistano sediará os jogos e a abertura da Copa de 2014, mas será o início de conversas e o estudo de alternativas. Para Goldman, não há pressa para essa decisão, já que a Fifa só deve determinar onde será a abertura dos jogos em 2011.
“São Paulo vai insistir no projeto do Morumbi. Em primeiro lugar, vamos insistir para a abertura seja em São Paulo. Teremos que ter jogos da Copa do Mundo aqui. E também queremos jogos no Brasil na primeira fase da Copa em São Paulo. Não sediar os jogos é algo absolutamente inadmissível. A maior cidade do país não ter jogos é inconcebível. A questão da abertura é importante, achamos que deve ser em São Paulo, mas absolutamente não haverá prejuízos de ordem econômica se não for em São Paulo”, disse Goldman.
Quando perguntando se o veto ao projeto do Morumbi pela Fifa se tratava de uma briga política, esportiva ou estaria sendo travada por conta dos grandes negócios envolvidos, ele disse que “tem tudo isso no meio”. “ Todos os interesses deste tipo estão imbricados, envolvidos nisso. A minha posição de governador é ficar fora de tudo isso. Não tenho briga política, nem esportista. O que me preocupa é que São Paulo seja sede, tenha a abertura e faça todos os investimentos que sejam permanentes, que possam atender a toda a população, que o dinheiro público seja gasto com as necessidades da população”, afirmou.
Goldman explicou que não seria possível o governo estadual aplique recursos públicos nos estádios do Morumbi e do Palestra Itália, que são privados.
Ele acredita que a CBF poderá reconsiderar o novo projeto de reforma do Morumbi, que não chegou a ser analisado. Segundo ele, a Fifa e CBF só relataram o projeto inicial, que previa investimentos de cerca de R$ 600 milhões no estádio do São Paulo. Posteriormente, o clube enviou uma proposta de reforma de cerca de R$ 200 milhões. “Achamos que [esse valor] é suficiente para atender as exigências da Fifa. Esse projeto não chegou a ser analisado pela Fifa.”
Goldman aproveitou a entrevista à Rádio CBN para criticar a demora do governo federal em iniciar os investimentos nos aeroportos brasileiros para a Copa de 2014

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