terça-feira, 27 de julho de 2010

Motorista que registrou queixa de agressão não reconhece PMs

Ele disse que foi espancado após se recusar a pagar propina.
Corregedoria da PM diz que vai continar investigando o caso.


O motorista que apresentou queixa na delegacia contra dois policiais militares do 9º BPM (Rocha Miranda) que teriam cobrado propina para liberar o carro em que estava e teria sido agredido pos eles por não ter pago o valor não reconheceu os supostos agressores.
Ele tentou fazer a identificação por meio de fotos na tarde de segunda-feira (26) na 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, em Sulacap, na Zona Oeste. Durante mais de quatro horas, o homem viu fotos de policiais do Batalhão de Rocha Miranda.
A Corregedoria da Polícia Militar informou que vai continuar investigando o caso.
O motorista profissional, de 28 anos, contou que foi abordado por dois PMs numa rua em Vaz Lobo, no subúrbio na sexta-feira (23).
Os policiais pediram a documentação do carro e, segundo a vítima, exigiram dinheiro quando viram que a situação do veículo estava irregular. Pelo código Brasileiro de Trânsito, quem dirige com licenciamento vencido deve receber multa e ter o carro apreendido.
Mas, segundo o motorista, a conduta dos PMs, foi bem diferente. "Falou que por uns R$ 200,00 pode liberar. Eu falei que não tinha, que só tinha R$ 30,00 e que R$ 30,00 não queria, que era esmola", contou.
Ainda de acordo com o relato, os PMs queriam conduzi-lo a uma delegacia dentro da viatura. Mas o motorista ficou com medo. Se recusou e discutiu."Ele queria me botar dentro da viatura, aí eu falei que não, que se fosse só o carro, que eu ia de ônibus. Foi aí que começou, que eu saí assim, quando começou a agressão"
O jovem contou que o policial o acertou com um soco no olho esquerdo e vários golpes no rosto. O cabo também o teria agredido com tapas. O motorista conseguiu fugir.
"A conduta deles é errada. O procedimento é errado e a gente tem medo. A minha reação foi correr, pra você ver. Larguei tudo e saí correndo e com muito medo."
O exame de corpo de delito atesta que ele está com dificuldade para enxergar com o olho esquerdo.
A Polícia Militar já começou a investigar o caso. Para tentar identificar os policiais, a Corregedoria da PM vai analisar a rota das viaturas que estiveram naquela noite em Vaz Lobo com ajuda dos GPS dos veículos.

A vítima prestou um depoimento na delegacia na manhã de segunda-feira, e voltará a fazer outro exame de corpo de delito no IML.

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