terça-feira, 15 de junho de 2010

Seleção toma dois sustos, recupera estrelas e dribla cortes após 20 anos

Antonio Scorza/AFP
Luís Fabiano e Kaká foram os dois atletas que deram sustos na atual seleção
15/06/2010 - 06h01


RIVAIS SOFRERAM COM 'QUASE CORTES'

ROBBEN:
Holandês não treinou domingo, mas deve voltar no 2º jogo contra o Japão no sábado
INIESTA:
Espanhol se lesionou em amistoso, mas deve voltar contra a Suíça na quarta
PIRLO:
Italiano ainda se recupera de lesão, mas não foi cortado pelo técnico Lippi
BENDTNER:
Dinamarquês jogou ainda baleado contra a Holanda, mas teve que ser substituído
SUAZO:
Após cogitar ser cortado, o chileno treinou na quinta e deve voltar na 1ª fase
O Brasil se livrou do fantasma do corte às vésperas de uma Copa do Mundo. Passou sem grandes percalços pela extensa fase de preparação iniciada no dia 21 de maio. Esse cenário não se repetia desde 1990, quando já era frequente. É verdade que houve dois sustos, mas de pequena proporção. A fase foi tão boa na parte médica que Luís Fabiano e Kaká se recuperaram de problemas musculares. Clinicamente estão prontos.
Assim que os treinos com bola começaram para valer, já em território sul-africano, a seleção tirou o pé. O cuidado foi grande. Jogadores admitiram uma cautela triplicada em treinamentos e amistosos. “É uma questão de inteligência”, alegou Felipe Melo. Duas discussões entre atletas brasileiros após disputas mais duras mostraram o tamanho da preocupação. Funcionou.
Dunga, assim, tornou-se um privilegiado. Não precisou fazer nenhuma mudança na lista inicial dos 23 convocados. Tamanho sossego aconteceu pela última vez em 1990, na Itália, quando o hoje treinador disputou sua primeira Copa. O então técnico Lazaroni contou com quem gostaria do início ao fim. A nova era Dunga repete a primeira versão.
Os cortes que nos últimos anos vitimaram Edmílson (2006), Émerson (2002), Romário, Flávio Conceição e Márcio Santos (1998) e Ricardo Gomes (1994) não tiveram sequência na África do Sul. Não foram registradas nem mesmo doenças respiratórias previstas devido ao frio de Johanesburgo. “Não tivemos nenhum problema, ninguém ficou mal. O trabalho de prevenção funcionou”, atestou o médico José Luís Runco

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