Adriana Degreas fez um dos melhores desfiles do dia.
Passarela teve performances de modelos veteranas como Eva Herzigova.
Existe algo que desperte mais desejo do que carros e lingerie? No quarto dia da São Paulo Fashion Week, a plateia foi seduzida por Reinaldo Lourenço com um verão inspirado em automóveis de corrida, alta costura e esporte. No Banho Couture de Adriana Degreas, as modelos, lideradas pelas tops Eva Herzigova e Shirley Mallman, primeira top a fazer sucesso global, mostraram um beachwear glamouroso com o sex appeal da lingerie. A portuguesa Ana Salazar lançou sua marca na SPFW com direito a couro vazado, construções e desconstruções que chegaram a revelar os seios numa blusa transparente.
Veja fotos de todos os desfiles do quarto dia de SPFW
Adriana Degreas fez um dos melhores desfiles do dia mostrando um beachwear glamouroso, recheado de hot pants, maiôs retrôs e sutiãs de bojo, inspirado nas pool parties, festas na piscina, que nos anos 70 e 80 se proliferaram e acabaram virando tema de editorial do fotógrafo Helmut Newton. Nele, Grace Coddington, atual diretora criativa da “Vogue”, aparece clicada na piscina quando ainda posava de modelo. Na ocasião ela já trabalhava como stylist e começava a abandonar a bem sucedida carreira de manequim.
Adriana Degreas fez um dos melhores desfiles do dia (Foto: Raul Zito/g1)A volta das tops Eva herzigova e Shirley Mallmann
Adriana imitou Newton, empolgando a plateia ao mostrar duas veteranas dos anos 90 em excelente forma: a tcheca Eva Herzigova, de 37 anos, e Shirley Mallmann, de 33. Shirley era operária de uma fábrica de sapatos em Lajeado, no Rio Grande do Sul, quando foi descoberta. Hoje é um mito. Casada com o cabelereiro Zaiya Latt, tem dois filhos, Axel, de 8 anos, e Ziggy, de 2, e mora em Long Island. “Voltei a desfilar esse ano para o meu amigo John Bartlet na Semana de moda de Nova York. Aqui ainda estarei na passarela do Alexandre Herchcovitch no desfile masculino na segunda-feira”, contou Shirley, que encerrou a apresentação com uma longa e esvoaçante túnica estampada nas costas por uma pantera negra.
Reinaldo Lourenço: vestidos inspirados em carros de corrida
“Alta costura, carro e esporte”, assim Reinaldo Lourenço resumiu seu verão na FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado. “Parti do design mais charmoso em matéria de automóveis de corrida dos anos 60 e fiz uma silhueta seca, arredondada nas extremidades”, contou Reinaldo, que contrastou o tecido liso com um jacquard em baixo relevo imitando marcas de pneu e usou cores como pink, coral, tomate, preto, off-white e amarelo. Entre as peças mais desejáveis estavam os vestidos e macacões pretos revelando os ombros e os modelos com bordados em tiras de organza contratantes simulando pista de corrida.
Desfile Reinaldo Lourenço (Foto: Daigo Oliva/G1)
Animale experimenta a simplicidade
Conhecida nas últimas edições da SPFW por seus desfiles experimentais com overdose de efeitos especiais, a grife, acertou na dobradinha conceitual/comercial. Com Raquel Zimmermann no casting, desfilou vestidos curtos e esportivos, elaborados na construção, que misturou, por exemplo, rendas com empapelado de alumínio, e inovou no couro stretch com textura de fustão.
No terreno do experimental, outro nome é Jefferson Kulig, que pensou no filme “Transformers”, de Michael Bay. Começou bem, em preto e branco, com misturas interessantes em tressé, um pássaro aqui e outro ali. Mas o final não foi feliz com looks inspirados na bandeira do Brasil e na Copa do Mundo. Poluídos e apelativos.
Animale desfilou vestidos curtos e esportivos (Foto: Daigo Oliva/G1)O “Work in progress” da portuguesa Ana Salazar
No backstage, a estilista portuguesa Ana Salazar explicou que pretende abrir até o fim do ano uma loja no Brasil. A iniciativa, segundo ela, faz parte de um projeto de globalização da marca, idealizada por João Barbosa e Luiz Aranha, investidores que hoje fazem parte do grupo. Para Ana, seu estilo tem a cara da brasileira. “Existe uma semelhança no que crio com grifes como a Maria Bonita”, afirmou Ana, que conhece também o trabalho de Alexandre Herchcovitch e de Gloria Coelho. Na passarela, a designer permaneceu fiel à sua marca registrada, o pretinho sexy, em construções e desconstruções nem sempre bem resolvidas e muito carregadas. Bonitas as sandálias altas de tiras, a renda encerada transparente e um vestido verde água de cetim em jogo drapeados.
Ana Salazar pretende abrir loja no Brasil até o fim do ano (Foto: Raul Zito/G1)
A moda show de Lino Villaventura
Quando os primeiros looks entraram na passarela listrada em preto e branco, chegamos a pensar que a qualquer momento entraria um personagem de Tim Burton. Coloridos num quebra-cabeça de tons, em ritmo latino, vieram as criações de Lino, que sabe divertir o respeitável público. Com turbantes e pulseiras tecnológicos multicoloridos, vestidos curtinhos brilhantes de cintura marcada e saia rodada, leggings de mil tons vazados na perna, ele foi aplaudido de pé por um fã clube fiel. Divertido, bom de ver, ficou uma curiosidade: como tudo isso vai se traduzir em roupa na loja, considerando que o estilista é um craque na comercialização de seu produto.
Hoje é dia de Marcelo Sommer com sua grife Do estilista e de Gisele Bundchen com Reynaldo Gianechini, na Colcci. Desfilam também nomes da moda masculina, como João Pimenta e Mario Queiroz, e grifes cults da moda feminina, como Amapô e Neon.
Desfile de Lino Villaventura teve ares psicodélicos (Foto: Raul Zito/G1)
Veja fotos de todos os desfiles do quarto dia de SPFW
Adriana Degreas fez um dos melhores desfiles do dia mostrando um beachwear glamouroso, recheado de hot pants, maiôs retrôs e sutiãs de bojo, inspirado nas pool parties, festas na piscina, que nos anos 70 e 80 se proliferaram e acabaram virando tema de editorial do fotógrafo Helmut Newton. Nele, Grace Coddington, atual diretora criativa da “Vogue”, aparece clicada na piscina quando ainda posava de modelo. Na ocasião ela já trabalhava como stylist e começava a abandonar a bem sucedida carreira de manequim.
Adriana Degreas fez um dos melhores desfiles do dia (Foto: Raul Zito/g1)Adriana imitou Newton, empolgando a plateia ao mostrar duas veteranas dos anos 90 em excelente forma: a tcheca Eva Herzigova, de 37 anos, e Shirley Mallmann, de 33. Shirley era operária de uma fábrica de sapatos em Lajeado, no Rio Grande do Sul, quando foi descoberta. Hoje é um mito. Casada com o cabelereiro Zaiya Latt, tem dois filhos, Axel, de 8 anos, e Ziggy, de 2, e mora em Long Island. “Voltei a desfilar esse ano para o meu amigo John Bartlet na Semana de moda de Nova York. Aqui ainda estarei na passarela do Alexandre Herchcovitch no desfile masculino na segunda-feira”, contou Shirley, que encerrou a apresentação com uma longa e esvoaçante túnica estampada nas costas por uma pantera negra.
Reinaldo Lourenço: vestidos inspirados em carros de corrida
“Alta costura, carro e esporte”, assim Reinaldo Lourenço resumiu seu verão na FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado. “Parti do design mais charmoso em matéria de automóveis de corrida dos anos 60 e fiz uma silhueta seca, arredondada nas extremidades”, contou Reinaldo, que contrastou o tecido liso com um jacquard em baixo relevo imitando marcas de pneu e usou cores como pink, coral, tomate, preto, off-white e amarelo. Entre as peças mais desejáveis estavam os vestidos e macacões pretos revelando os ombros e os modelos com bordados em tiras de organza contratantes simulando pista de corrida.
Desfile Reinaldo Lourenço (Foto: Daigo Oliva/G1)Animale experimenta a simplicidade
Conhecida nas últimas edições da SPFW por seus desfiles experimentais com overdose de efeitos especiais, a grife, acertou na dobradinha conceitual/comercial. Com Raquel Zimmermann no casting, desfilou vestidos curtos e esportivos, elaborados na construção, que misturou, por exemplo, rendas com empapelado de alumínio, e inovou no couro stretch com textura de fustão.
No terreno do experimental, outro nome é Jefferson Kulig, que pensou no filme “Transformers”, de Michael Bay. Começou bem, em preto e branco, com misturas interessantes em tressé, um pássaro aqui e outro ali. Mas o final não foi feliz com looks inspirados na bandeira do Brasil e na Copa do Mundo. Poluídos e apelativos.
Animale desfilou vestidos curtos e esportivos (Foto: Daigo Oliva/G1)No backstage, a estilista portuguesa Ana Salazar explicou que pretende abrir até o fim do ano uma loja no Brasil. A iniciativa, segundo ela, faz parte de um projeto de globalização da marca, idealizada por João Barbosa e Luiz Aranha, investidores que hoje fazem parte do grupo. Para Ana, seu estilo tem a cara da brasileira. “Existe uma semelhança no que crio com grifes como a Maria Bonita”, afirmou Ana, que conhece também o trabalho de Alexandre Herchcovitch e de Gloria Coelho. Na passarela, a designer permaneceu fiel à sua marca registrada, o pretinho sexy, em construções e desconstruções nem sempre bem resolvidas e muito carregadas. Bonitas as sandálias altas de tiras, a renda encerada transparente e um vestido verde água de cetim em jogo drapeados.
Ana Salazar pretende abrir loja no Brasil até o fim do ano (Foto: Raul Zito/G1)A moda show de Lino Villaventura
Quando os primeiros looks entraram na passarela listrada em preto e branco, chegamos a pensar que a qualquer momento entraria um personagem de Tim Burton. Coloridos num quebra-cabeça de tons, em ritmo latino, vieram as criações de Lino, que sabe divertir o respeitável público. Com turbantes e pulseiras tecnológicos multicoloridos, vestidos curtinhos brilhantes de cintura marcada e saia rodada, leggings de mil tons vazados na perna, ele foi aplaudido de pé por um fã clube fiel. Divertido, bom de ver, ficou uma curiosidade: como tudo isso vai se traduzir em roupa na loja, considerando que o estilista é um craque na comercialização de seu produto.
Hoje é dia de Marcelo Sommer com sua grife Do estilista e de Gisele Bundchen com Reynaldo Gianechini, na Colcci. Desfilam também nomes da moda masculina, como João Pimenta e Mario Queiroz, e grifes cults da moda feminina, como Amapô e Neon.
Desfile de Lino Villaventura teve ares psicodélicos (Foto: Raul Zito/G1)
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