Bloco reuniu cerca de 40 mil pessoas pelas ruas do bairro, segundo RioTur.
Cacique de Ramos e célebres centenários foram os homenageados.
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A Banda de Ipanema levou 40 mil foliões, segundo estimativa da Riotur, à orla do bairro neste sábado (4), no primeiro grande desfile do pré-carnaval do Rio. Ao som de marchinhas e sambas, muitos em homenagem ao Cacique de Ramos, o público seguiu o percurso iniciado na Praça General Osório por volta das 17h45, após concentração que começou às 16h.
Esse é o 48º ano da banda, que vai desfilar mais duas vezes, no domingo (19) e na terça (21) de carnaval. Ainda mais tradicional é o homenageado Cacique, com 51 anos de folia. "Estamos muito felizes. Esse é um ano de glória, com homenagens da Banda de Ipanema e da Mangueira", vibrou o vice-presidente do bloco, Valter da Silva Pereira.
Cinco personalidades que completariam 100 anos em 2012 também foram homenageadas: Herivelto Martins, J. Cascata, Luiz Gonzaga, Jorge Amado e Nelson Rodrigues. Filho do último e fundador do bloco Barbas, Nelson Rodrigues Jr. acompanhou o desfile como convidado, no carro dos organizadores.
Com sua tradicional barba, cultivada há 40 anos e que provocou comparações bem humoradas (“É o mago Gandalf, do ‘Senhor dos Anéis’, brincou um folião), disse que o carnaval de rua do Rio é o mais importante do mundo: “E é o retrato da alma do carioca.”
Os fantasiados se destacaram em meio à multidão. Em nome do bom humor, alguns desafiaram o calor. Foi o caso dos paulistas Nilson Carlos e Paulo Roberto ou, respectivamente, Fucker & Sucker. Vestidos de preto, com o uniforme policial da dupla de policiais trapalhões do Casseta & Planeta, literalmente suaram a camisa em nome da diversão. "Estamos derretendo, mas vale a pena. Todo ano a gente vem de Taubaté (SP) pra participar da abertura do carnaval, não só do Rio, mas do Brasil, aqui na Banda de Ipanema", disse Paulo.
A caravana de Taubaté veio grande para o bloco. As amigas Aline Martins, Luiza Nanni e Evelin Vieira contaram ter viajado em dois ônibus fretados. Também morador da cidade paulista, o cover do cantor Falcão exibia sua breguice: "Venho há 37 anos prestigiar a banda", orgulhava-se.
Mais um habitué do bloco, o advogado Carlos Alberto Figueiredo desfilou fantasiado de “professor de sexo”. Na camisa, o texto era ainda mais gaiato: "Primeira aula grátis". Sem modéstia, gabava-se de ter visto várias ex-alunas na multidão. "As aulas podem ser antes, durante e depois", explicou, entre um gole e outro na mamadeira com uísque. "É chá escocês", despistou, com bom humor carnavalesco.
Outro advogado feliz da vida sem o terno, André Simões não inovou na fantasia, mas usou a criatividade a serviço da praticidade. Acoplou em um chapéu de operário dois suportes para latas de cerveja, com canudos levando o líquido diretamente para a boca. "Estou pensando em patentear para a Copa", contou o suposto inventor.
A moda das mulheres-fruta chegou até o bloco. Em vez da Mulher Melância, quem brilhou foi a Maria Melancia, personagem interpretado por Josafá Carvalho. "Sou sex. Sexagenária!", anunciava a sessentona. Na mesma linha, Lucci de Souza encarnava a Sarará Popozuda. Com enormes seios e bumbuns falsos, era assediada pelos mais assanhados, mas não perdeu a pose e elogiou a variadade de foliões. "Esse é o bloco mais democrático de todos.
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